segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Ilha de S. Jorge. Cubres. O Pantanal. Com Alfredo Sendim e Joakin Manik. Outubro de 2018.

 Uma ida aos Açores, à ilha de S. Jorge, com o Alfredo Cunhal Sendim e Joakin Manik, em trabalhos agroflorestais, em Outubro de 2018.
 Imagens matinais, no dia 6, de um dos valiosos locais antes da Fajã do Belo, onde pernoitávamos, na ilha de S. Jorge: a aldeia de Cubres e o seu pantanal, microclima e ecosistema por vezes com aves de arribação belas ou raras.
 
 
A ave que responde às nossas saudações e vem  por entre o espelho de água e a rarefeita neblina, abrindo um V de comunicação vitoriosa...
 
Gate, Gate, Paragate, Paramsagate, Bodhi Svaha Partiu, foi-se, para além da margem, súbita desvendação espiritual...
 
 
Cabana em pedra circular, convergirmos  para o centro, submergidos pelo bramido do imenso oceano ,e elevar-nos, irradiarmos.
 
 
Raízes na terra e flores nas almas, reflectindo as vibrações e cores das nuvens e dos céus
 
          Corações ao alto, ou em amor, esperança, optimismo, unindo a terra e o céu, com agro-floresta, permacultura, agricultura biológica, meditação, fraternidade, criatividade, comunidade.  Saibamos movimentar-nos criativa e harmoniosamente na multidimensionalidade do campo unificado de energia-consciência-informação...

domingo, 30 de dezembro de 2018

A revisão do ano passado e o começo dum novo ano mais sábio, feliz, pleno. Uma prática recomendada.

 Os finais de cada ano, e nomeadamente os dias e noites de 30 e 31 de Dezembro, são alturas muito boas para revisitarmos e meditarmos as nossas forças anímicas, as pessoas amigas e de família, as actividades realizadas e não realizadas, os desejos e projectos, as obrigações e as aspirações e as nossas possíveis contribuições mais criativas, apreciadas ou necessárias...
                                 
Poder-se-á escrever e desenhar tal num diagrama, oval, circular ou rectangular, pondo no centro ou linha axial a nossa essência única, verticalizando-se com certos seres e níveis e a Divindade, e depois em raios ou linhas   horizontais ou oblíquas escrevermos o quê, como e com quem mais devemos trabalhar no plano humano e do dia a dia de um novo e auspicioso ano, oferecido, dedicado ou consagrado à Divindade, aos anjos, aos mestres, aos antepassados, aos que já partiram e aos vindouros...
Eis um exemplo deste auto-inquérito, vichara se chama a tal na Índia e pelo sábio Ramana Maharishi muito recomendado, "Quem sou eu, quem sou eu? Quem posso ser eu?":
O que conseguimos fazer durante o ano e o que não conseguimos ou não quisemos fazer, tais os eventos a que não fomos e o que sentimos agora em relação a tal.
Quais as pessoas a quem nos demos mais, ou a quem demos presentes, livros, palavras, vibrações. E como elas reagiram a tal.
E aquelas que sentimos não dever relacionar-nos tanto.
As pessoas de quem recebemos mais. E se retribuímos correctamente no anel das graças.
As conferências públicas, ou os diálogos valiosos com uma pessoa ou poucas. Como se poderão melhorar os efeitos.
Os livros, artigos e textos escritos ou gravados. Os que mais gostamos e o que fica deles? Quais devemos considerar obra em aberto? Que peso luminoso têm?
Quais os livros e artigos lidos que gostámos mais e anotámos, e que nos poderão ainda inspirar, no seu aprofundamento?
Quais os locais que mais visitamos ou peregrinamos, e mais amamos?
Peregrinação no Gerês com o Dhammiko.
 As meditações e realizações que fizemos com mais impacto.
As ligações maiores com os mestres, os anjos, a Divindade.
Temos um mestre? Trabalhei suficientemente com ele?
Houve metodologias espirituais que deram bons resultados e que devem ser relembradas e praticadas?
Aum Mani Padme Hum, por Bõ Yin Râ
Os sonhos. Quais os mais importantes e quais foram os seus ensinamentos e como posso eu sonhar melhor?
A nossa casa ou local de trabalho melhorou, ou no que pode ser melhorado, intensificando a irradiação de objectos ou zonas, ou as zonas mais propiciadoras de recolhimento, fortificação?
 Quais foram os melhores momentos e de maior comunhão de todo o ano?
Em que locais,  com que pessoas, seres, objectos, nuvens e céus?  
Fajã do Belo, S. Jorge, Açores. Com o Alfredo Cunhal e o Joakin Manik
Quais as pessoas com quem gostaríamos mais de interagir no novo ano e irradiar despertantemente, harmoniosamente? 
Quais teremos obrigação de acompanhar mais e como o poderemos fazer criativa e luminosamente?
Quais são as almas mais afins espiritualmente, vibratoriamente, ou pelo menos as que têm afinidades de interesses e investigações, e portanto potencial para despertarem e irradiarem  mais luz e amor com o nosso diálogo?
Tivemos discernimento e coragem nos nossos apoios e intervenções psíquicas em relação ao que se passa no plano nacional e internacional, e nomeadamente através da internet?
Quais foram os contributos melhores realizados por nós para o planeta e para a Humanidade? 
Esforços, trabalhos, meditações, irradiações, diálogos, partilhas de textos, livros, acções abnegadas?
O que poderei realizar de mais útil e mais luminoso para outras pessoas, ou para seres que já partiram, ou para ideias e causas perenes?
 O que mais me realiza espiritualmente, plenamente? 
Quais são as prioridades de realização a ter presente diariamente, seja concretamente na materialização de projectos ou virtualidades, seja ao nível de qualidades internas, de investigações e de estados conscienciais?
Aum...  Hari Om
Demos graças...  Pax... Lux... Amor...
Semeie bem para colher também. Ou Talent de bien faire... 
Um novo ano pleno de religação e inspiração dos Mestres, dos Anjos e Arcanjos e da Divindade, viva, íntima...

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Yoga: essência, evolução e realização. Iniciação na meditação com o Hari Om. Vídeo de 24 minutos

 
Meditação, satsanga (companhia da verdade), breve discurso improvisado, inspirado e realizado por Pedro Teixeira da Mota, em Lisboa, na manhã de 27-XII-2018, acerca de alguns sentidos importantes da palavra e conceito de Yoga e sua evolução, segredos, essência e realização. Com um iniciação ao mantra devocional e espiritual Hari Om, realizado algumas vezes durante os 24 minutos da gravação.
Possa a audição e meditação deste vídeo gerar mais discernimento em relação a tantos falsos ensinamentos e mais aspiração à ligação interna Divina...
 Possa a repetição e meditação do nome divino Hari, tão sagrado na tradição Bhakta, Vaishnava e dos Haridasas e do prof. Ranade, e do mais alargado e unificador Hari Om, levarem o nosso ser a estabilizar-se psiquicamente e a brir-se ao espírito, e às correntes luminosas dele e dos mestres e da Divindade...
                     

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Cartas de Antero de Quental a Oliveira Martins, bem confessionais e espirituais. Com vídeo da leitura delas.

No Outono ameno de 1889, Antero de Quental encontrava-se na sua tebaida, ou recolhimento, em Vila do Conde, com certa satisfação, pois estava para sair à luz a 2ª edição dos Sonetos completos, enriquecida em relação à anterior de 1886 com várias traduções, entre as quais as francesas, pelo seu amigo Fernando Leal, a quem escrevera em 10 de Outubro confessando-lhe: «Lembro-me dos bons bocados de tardes, este Verão em sua companhia».  E como considerara terminada a sua disposição, vocação e produção poética, a pedido de Eça de Queirós, que estava a fundar a Revista de Portugal, entrara no processo de passar a escrito os fundamentos principais do seu pensamento filosófico, da sua cosmovisão, os quais serão dados à luz em três números da revista, em 1890. Entre as cartas que escreve nesse final do Outono destacaremos duas enviadas a Oliveira Martins, um dos seus maiores confidentes com o decorrer dos anos.
Joaquim Pedro de Oliveira Martins (1845-1894) fora de facto um dos maiores amigos de Antero, embora não seu condiscípulo em Coimbra, e fora o escolhido para escrever o prefácio aos Sonetos, que contudo Antero virá a considerar pouco acertado, nomeadamente no que respeitava ao que Oliveira Martins escrevera acerca do seu orientalismo e budismo, em confidência epistolar a um ou outro amigo, mas isso não impedira que a amizade deles fosse das mais duradouras e íntimas, pelo menos desde 1870, recebendo de Antero Quental um magistério crítico literário e idealista importante e ambos se estimulando, corrigindo e em certos aspectos se complementando.
Resolvemos ler e comentar as duas cartas, conforme se pode ouvir no vídeo, mas vamos agora realçar por escrito aspectos confessionais, proféticos e espirituais valiosos desta pequena selecção do riquíssimo epistolário anteriano.
  Na 1ª carta, diz já estava com vontade de ver Oliveira Martins e que se encontra animado a escrever sobre as Tendências gerais da Filosofia dos últimos 80 anos, a pedido de Eça de Queirós, para a Revista de Portugal, e embora sejam as suas ideias que transmite, afirma-lhe «não é a minha filosofia, aquela que você sabe que eu tenho, com seu método próprio e teorias particulares. Essa, infelizmente, desisto de a expor, porque está acima das minhas forças o fazê-lo - e depois ninguém me entenderia». E mais à frente acrescentava: «Esta ocupação, tem-me feito bem, de sorte que talvez continue, considerando sobretudo que é o único lado por onde posso ser prestável».
Realcemos esta posição solidária, social e comunitária de Antero de Quental, tentando discernir e realizar por onde pode servir melhor o Bem Comum, algo que viveu sempre com grande exemplaridade, desde a adopção das duas filhas de Germano Meireles até à correspondência epistolar e pedagógica com tantos amigos, ou à participação sócio-política, não deixando nunca de especular sobre a Verdade filosófica e política.
 Confessando depois que «no século XVI teria sido um homem de acção, ou com os homens de espada ou com os da cruz: noutros séculos também, doutros modos. Mas hoje sinto-me como fora do meu meio natural e a minha retracção é ao mesmo tempo instintiva e reflectida. Quando a gente chega aos 48 anos tem obrigação de saber para que serve e para que não, e não ir atrás de fantasias. A verdade é que, para o que há a fazer e se pode fazer na sociedade actual, sou duma absoluta inabilidade, um verdadeiro incapaz. Se alguma influência posso exercer sobre os homens é só de longe e pela ideia pura».
De novo afirmações valiosas sobre o amadurecimento e, curiosamente, tanto Antero de Quental como Oliveira Martins morrerão aos 49 anos: - ver realisticamente o que podemos fazer e não nos dispersarmos em miragens e fantasias. E quando não já estamos tão capacitados para a acção que seja pelo pensamento,  escuta e diálogo, oração e meditação que trabalhamos ou contribuímos para o Bem Comum.
E em resposta ao anseio de Oliveira de Martins de Antero de Quental estar ao seu lado na acção política, diz-lhe: «Compreendo bem que Você, sentindo-se tão isolado, anseie por um companheiro e o que me diz na sua carta sobre a necessidade de eu voltar à superfície exprime bem esse sentimento. E eu sê-lo-ia - com que vontade e gosto, escuso dizê-lo - esse seu companheiro de luta, se não me conhecesse incapaz para aquilo do se trata. Tenho pois de me conservar no meu papel, quero dizer na lógica do meu carácter e das minhas opiniões. Serei simplesmente para Você, como até aqui, amigo, confidente e crítico encartado. De resto, quem sabe o que virá? Não recuarei diante de coisa alguma, senão só daquilo que repugnar à lógica e harmonia do meu ser. The right man in the right place».
Este parágrafo mais longo é bem valioso nas caracterizações que faz da fidelidade a si próprio, do cumprimento do seu dharma ou dever, o swadharma, como se diz na Índia: o seu ser que tem uma identidade que é coerente e harmoniosa nas opiniões e carácter,  e que  discerne o que sabe, pode e deve fazer, mesmo contra o meio ou as narrativas oficiais.
E embora agora mais reservada e recolhida, a sua linha  guerreira ou de líder, e quase que adivinhando profeticamente, fá-lo concluir afirmando que não se demitirá do dever e de poder ter de ser «o homem certo e no local certo». E assim foi, pois poucos meses depois  aceitará, a pedido dos estudantes portuenses, com momentos de grande vibração e luta contra o imperialismo colonial inglês, o cargo de Presidente da Liga Patriótica do Norte, de certo modo fechando o círculo ou anel de graças e activismos da sua tão impactante vida. 
A segunda carta, escrita no dia 30 de Novembro de 1899, quatro dias depois, é mais breve mas não menos valiosa pois aí explica como o mau tempo tem contribuído para um "estado de ensimesmamento", que explicita originalmente com um vocábulo novo "emmimesmamento", bem sintomático do espiritual que ele era. Desenvolvendo em seguida considerações  importantes acerca da possibilidade do pessimismo poder desaguar num optimismo transcendente, se as pessoas conseguissem na renúncia voluntária ao mundo fenomenal sentirem gozo e serenidade. 
Sendo tal todavia muito difícil para a pessoa comum, pois mesmo se alguns mais recolhidos ou eremitas (grupo que ele denominará noutras ocasiões Ordem dos Mateiros, numa nota ecológica bem actual) conseguissem chegar a tal estado e "convicção", como  comunicariam suas ideias puras  se nem símbolos  há que as representassem e com poder de moverem as multidões, interrogará ele...
Sabemos porém que Fernando Pessoa, em vários aspectos discípulo de Antero de Quental (e por isso traduziu para inglês muitos dos seus sonetos), prosseguirá esta demanda, e em parte  conseguiu  captar e transmitir bem algumas ideias e símbolos representativos delas na Mensagem, ainda que esta seja em geral mais lida e interpretada historicamente, ficando a sua aspiração e realização mágica, templária e iniciática para muito poucos, de novo. A menos que haja muita gente a conseguir aprofundar bem alguns dos símbolos e versos, e suas mensagens e impulsos operativos e iniciáticos,  gerando um um despertar espiritual, tão necessário face à superficialização,  manipulação e até já opressão reinante, nomeadamente com as narrativas oficiais.
  Oiçamos então as duas luminosas missivas de Antero de Quental hoje em dia facilmente legíveis na valiosa publicação das Cartas, coligida pela Ana Maria Almeida Martins.
                    

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Dos misteriosos rastos, químicos e nocivos ou não, de aviões e das suas modelações belas e sugestivas. 10-XII-2018. Lisboa

  Meras nuvens de condensação do vapor de agua, e que duram pouco tempo, os comtrails, ou os rastos nuvens muito demarados e que se vão alargando, os chemtrails, à base partículas nocivas à saúde e utilizadas na geoengenharia do clima ambiente? Mistérios....
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rastos misteriosos de aviões trabalhados pelos espíritos da natureza e por Anjos, podem relembrarmos a existência dos seres espirituais e do Anjo da Guarda, Estrela Divina que guia...
 
 A intuição sentida pela alma em relação às formas das nuvens pode ser muito verdadeira ou apenas imaginação e projecção, tal como aqui, uma unidade entre dois seres em Amor.
 
 
 
 
 
 
 
     Saibamos investigar a verdade para além das narrativas oficiais e dar graças no fim de cada dia, aprendendo com as dificuldades, fortificando-nos na aspiração à verdade, ao conhecimento, ao amor, à abnegação... Aum!
                          Perseveremos na procura da verdade na natureza e nos céus, na vida harmoniosa, na contemplação grata da beleza, na manifestação do Amor, e na aspiração à Divindade... Amen, Aum...